2006/02/10

Votar no menos mau

As recentes eleições presidenciais mostraram-nos que a nossa democracia em Portugal, apesar de ser das mais evoluídas no mundo, não deixa de ter muito para crescer. Quando mais de metade da população não exprime a sua preferência fica-nos a dúvida. Será que o mais democrático para estes ausentes seria ter alguém a pensar por eles? Quero dizer, será que estamos a caminhar de volta à ditadura?

Os políticos, parecem todos iguais na sua defesa do liberalismo económico, dos interesses das petrolíferas, dos grandes grupos económicos e da Aristocracia, e os seus modos de pensar estão a levar metade da população mundial à exclusão e à miséria.


No entanto, alguns destes políticos defendem algumas ideias diferentes. Se a maioria não votar na diferênça, esse acto tão simples de colocar uma cruzinha no melhor, ou no menos mau, o mundo fica mais pobre. A expressão da revolta deve ser feita sempre que possível de todas as maneiras que ainda vamos tendo oportunidade de expressar. Não há voto útil a não ser naquele (ou mais raramente naquela!) que preferirmos. Não há mudança se não votamos de forma diferente.

A Democracia cresce quando a vivemos diariamente na família e no trabalho, lugares onde tanta vez escasseia. Já viu uma organização empresarial que toma as suas decisões democraticamente? E quantas empresas permitem ao menos a livre expressão de ideias concordantes ou discordantes com a opinião do patrão? A Democracia no mundo não passa de um bebé com um par de milénios de idade. Se lutarmos pode ser que demore poucos mais milénios a chegar à idade adulta!